Roger Machado é apresentado como técnico do Inter: "Preparado para este momento"

  • Treinador diz lidar bem com reação de torcedores e mira retomada da carreira
  • Profissional vê títulos viáveis e rejeita ideia de ser mau gestor de vestiário
Roger assinou contrato até dezembro de 2025
Roger assinou contrato até dezembro de 2025 / Donaldo Hadlich/Código19/Gazeta Press
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"Um profissional acima de tudo." Assim o presidente do Internacional, Alessandro Barcellos, definiu o técnico Roger Machado, apresentado oficialmente nesta quinta-feira (18) para comandar a equipe vermelha na reta final da temporada de 2024 e no ano de 2025.

Roger, que como atleta teve fortes vínculos com o Grêmio, principal rival vermelho,l já passou, à beira do gramado, por alguns dos maiores clubes do país - o próprio Tricolor, além de Palmeiras, Fluminense, Atlético-MG, Bahia e Juventude. Agora, o desejo de Barcellos é que ele possa, no Beira-Rio, "conseguir fazer o melhor trabalho da sua carreira". Abaixo, você confere alguns importantes trechos da coletiva de Roger Machado.

Se sente preparado para encarar o tamanho deste desafio?

É um desafio importante, um clube do tamanho do Internacional. Como treinador de futebol penso estar preparado para este momento. Tive muitas experiências em diferentes níveis, mas a maioria delas no alto nívcel do futebol brasileiro, que é onde o Inter está. Então me sinto preparado para este momento, amadurecido. Me sinto plenamente preparado, sem dúvida.

É simbólico ver você com a camisa do Inter. Mas como encara um asterisco colocado pelo torcedor do Inter em cima do seu nome e a reação do do torcedor do Grêmio, que se considera traído?

Eu acolho com naturalidade esse processo. Vivi a rivalidade. Como jogador sempre deixei ela dentro do campo, nunca interpretei que fôssemos inimigos, apenas adversários. O torcedor é passional, apaixonado pelo seu time. Eu sou apaixonado pelo jogo e compreendo o torcedor. Como profissional do futebol, eu também consigo administrar isso de uma forma que me permita circular bem nesses ambientes e trabalhar com tranquilidade.

É justo dizer que o técnico Roger vai muito bem à beira do campo, mas por vezes peca na gestão de vestiário?

Não acho justo porque penso que uma das características principais da minha personalidade é criar bons ambientes de trabalho. Mas também tenho certeza que amadureci nesse tempo, tanto na beira do campo quanto no vestiário. Sempre tive como característica de personalidade entender que um ambiente saudável é importante para o desenvolvimento do trabalho. Tenho ferramentas para lidar com tudo isso. Eu sou muito aberto ao atleta. Eu entendo que eu preciso trabalhar para eles. Preciso proporcionar através das minhas atividades a melhor forma para que eles consigam apresentar sua melhor versão. Quando o campo está funcionando bem, não é só a tática, é também capacidade de gestão.

O que te levou a tomar a decisão de chegar ao Inter?

Não foi fácil fazer esse movimento, foi a primeira vez na carreira que deixei um trabalho em andamento. Mas entendi nesta oportunidade também uma grande chance de, como um treinador que deseja buscar treinar a Seleção Brasileira, ter alguns rituais que precisam ser cumpridos. E um deles é treinar um clube do tamanho do Internacional, que tem objetivos claros dentro da temporada. Foi decidido com a maturidade de um profissional de 50 anos, que busca um crescimento pessoal e profissional.

É possível ser campeão da Sul-Americana ou do Campeonato Brasileiro ainda em 2024?

A temporada ainda não acabou e pode acabar de forma bem sucedida, com conquistas. Simplesmente carimbar uma ida para um grande clube não faria sentido. Com o elenco que temos, é possível. Busco, como técnico, retomar minha carreira e, com os jogadores do Internacional, ter uma grande conquista. E o Internacional, pelo planejamento feito, pode me proporcionar isso.

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