"Ronaldo só existe um", diz Andrés Sanchez, presidente do Corinthians
Em 2008, Ronaldo Fenômeno voltou para o Brasil. Depois de 15 anos na Europa, o atacante retornava ao futebol brasileiro, dessa vez, para o Corinthians. O projeto encabeçado por Andrés Sanchez era ambicioso: repatriar o astro mundial em um time que acabara de voltar para a série A, após um dos momentos mais difíceis do clube.
Para conseguir arcar com os custos de se ter o Fenômeno no elenco, Andrés Sanchez e o diretor de marketing à época, Luis Paulo Rosemberg, criaram um plano em que Ronaldo seria uma espécie de 'sócio' do Timão. Isso porque as campanhas publicitárias de certos pontos da camisa de jogo iriam diretamente para o jogador.
Dessa maneira, a conta poderia ser paga. Porém, tudo por conta da maestria de Ronaldo para conseguir patrocínios e atenção midiática. O Fenômeno era mestre nisso: vendia camisas como ninguém e lotava estádios. Dentro de campos, o atacante também entregou gols e ganhou títulos: o Paulistão e a Copa do Brasil, ambos em 2009.
Desde então, o Corinthians tem tentado trazer um 'novo Ronaldo', ou seja, uma figura midiática que captaria recursos e entregaria resultados dentro de campo. Em 2011, apostou em Adriano, o que não deu certo. Já em 2013, o alvo foi Alexandre Pato, que deu menos certo ainda.
De volta à presidência desde o início do ano passado, Andrés assume que não será fácil encontrar outro negócio como o do Fenômeno, principalmente em um momento financeiro tão complicado para o Corinthians.
"Nenhuma chance, porque sé existe um Ronaldo. Outros clubes tentaram e não conseguiram. Nós tentamos como a Adriano e não conseguimos. Agora nós estamos lutando para sobreviver. A TV, que é nossa principal arrecadação, cortou 70% dos pagamentos. Muitos clubes já estão em situação caótica, nós estamos em situação muito difícil, e em 30 dias tudo estará caótico."
- disse Andrés, ao fim da entrevista.