Saldo do futebol nordestino em 2023: marcas negativas na Série B e desafios na Série C

  • Dois times do Nordeste foram rebaixados na segunda divisão
  • Nenhum time nordestino conseguiu o acesso para a Série C do futebol brasileiro
O Vitória conseguiu o acesso à elite do Campeonato Brasileiro, diferente do Sampaio Corrêa que amargou a queda para a Série C no ano do centenário
O Vitória conseguiu o acesso à elite do Campeonato Brasileiro, diferente do Sampaio Corrêa que amargou a queda para a Série C no ano do centenário / Maurícia Da Matta/W9 PRESS/GAZETAPRESS
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O encerramento da temporada 2023 da Série B trouxe o amargo sabor do rebaixamento para dois clubes nordestinos: o ABC, do Rio Grande do Norte e o Sampaio Corrêa, do Maranhão. A queda do Alvinegro Potiguar já era esperada, enquanto a Bolívia Querida teve a queda decretada na última rodada, justamente no ano do centenário do clube. Eles vão se juntar a outros 6 times nordestinos na Série C em 2024.

De acordo com o jornalista e pesquisador do futebol Irlan Simões (via ge.globo), a região vai passar por um cenário desafiador no próximo ano. O Vitória assegurou o acesso à Série A ao ser campeão da segunda divisão e foi o único time nordestino a subir. Já Bahia e Fortaleza estão enfrentando situações críticas no Brasileirão com risco de rebaixamento.

Com isso, o Nordeste tende a ter apenas 6 representantes entre as Séries A e B em 2024. Esse número representa o pior desempenho de clubes da região desde a implementação do sistema de pontos corridos em 2003.

No artigo publicado no ge, o jornalista faz uma análise histórica sobre o que tem acontecido no futebol nordestino nas últimas décadas. Há 21 anos atrás, a região costumava contar com 9 clubes entre as Séries A e B. No entanto, nos últimos anos, essa média reduziu para 8 clubes. Agora, com os rebaixamentos da Série B, a situação se agravou, levando a uma menor representatividade nordestina nas principais divisões.

Outra questão que Irlan Simões apontou é a dificuldade dos clubes nordestinos em conquistar o acesso na Série C, sendo um ponto crítico. Nas últimas dez edições, houve apenas dez acessos e um total de quinze rebaixamentos.

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O último ponto da análise é a Copa do Nordeste, que não parece proporcionar o impulso financeiro esperado para os clubes da região e não tem tanta visibilidade a nível nacional. A competição foi criada para fortalecer o futebol da região, mas não tem causado o efeito esperado para os clubes de maiores orçamentos, que reclamam de valores insuficientes.

Além disso, o critério de participação, baseado no desempenho nos campeonatos estaduais, têm prejudicado os clubes da Série C. Isso evidencia a necessidade de revisão na estrutura do torneio para garantir o papel fundamental no fortalecimento dos clubes nordestinos no cenário nacional.