Seleção Brasileira Feminina perde para a França pela segunda rodada da Copa do Mundo
- Equipe de Pia Sundhage levou 2 a 1 em Brisbane
- Debinha marcou único gol verde-amarelo
Por Fabio Utz
A Seleção Brasileira Feminina entrou em campo neste sábado, em Brisbane, com a perspectiva de confirmar classificação antecipada às oitavas de final da Copa do Mundo de 2023. Não conseguiu. E mais: ficou sem a liderança do Grupo F.
Pela segunda rodada da competição, o time canarinho perdeu para a França por 2 a 1. Com isso, um longo tabu se mantém. Agora em 12 confrontos, o Brasil jamais venceu o time do Velho Continente, que respira após empate com a Jamaica na estreia.
O jogo
O primeiro tempo foi todo da rival europeia. A equipe conseguiu dominar por completo o setor de meio-campo e, assim, se impor diante de um Brasil pouco agressivo e por demais retraído. Esse cenário, por óbvio, levou as francesas a ficarem, sempre, perto da área brasileira. Aos 12 minutos, em cabeceio, Le Sommer obrigou Lelê a grande defesa. Era o prenúncio do que estava por vir logo em seguida. Aos 17, Karchaoui cruzou de longe, Diani ganhou da defesa verde-amarela e Le Sommer, novamente de cabeça, apareceu sozinha para empurrar para o fundo da rede, dessa vez sem chance para uma intervenção da goleira.
Atrás no marcador, a Seleção Brasileira até que tentou se soltar, tanto que aos 22 criou a grande oportunidade para deixar tudo igual. Em grande jogada, Debinha serviu Adriana, que errou a conclusão de frente para a meta de Magnin. Mas parou por aí. Se alguém esperava uma pressão na busca pelo empate, se enganou, uma vez que o time azul, naturalmente, retomou o controle das ações.
No início da etapa final, parecia que dificilmente o cenário mudaria. A França, muito mais assertiva, tinha paciência para controlar a bola e pressionar quando fosse necessário. No entanto, o Brasil conseguiu chegar ao empate aos 13 minutos. Kerolin teve seu chute travado, mas a bola sobrou para Debinha, que dominou com incrível facilidade e colocou no canto, com categoria.
A igualdade fez a partida naturalmente ficar mais aberta e intensa. Com mais confiança, a Seleção cresceu. Pia, por exemplo, abriu mão de Geyse, novidade na escalação, para a entrada de Andressa Alves. É bem verdade que as grandes oportunidades de gol não surgiram em profusão. A França, pelos pés de Geyoro, parou em Lelê. Já o Brasil quase marcou quando Kerolin desviou cobrança de bola parada.
Só que daí apareceu a zagueira Renard, conhecida por seu gols. Aos 37 minutos, na segunda trave, ela aparou cobrança de escanteio e colocou a bola para o fundo da rede. Foi seu 35º tento pela equipe francesa, e talvez um dos mais importantes. Mônica, Ana Vitória e, claro, Marta ainda foram a campo. Mas não houve tempo para mais nada, e o Brasil conheceu sua primeira derrota no Mundial.