Seleção Brasileira joga pouco, cede empate para a Venezuela e deixa a liderança das Eliminatórias da Copa

Surpresa ou decepção? Talvez as duas coisas. Na noite desta quinta-feira, o Brasil mostrou pouco futebol. E, junto com isso, veio a perda dos primeiros pontos nas Eliminatórias sul-americanas da Copa do Mundo de 2026. Jogando em Cuiabá, a equipe apenas empatou em 1 a 1 com a Venezuela. De quebra, perdeu a liderança da disputa para a Argentina, que segue com 100% de aproveitamento após três rodadas disputadas.

Se alguém que foi ao estádio ou ligou a televisão para acompanhar a partida não sabia que o técnico da Seleção é Fernando Diniz, ficou fácil descobrir. Desde o início, a opção foi deixar ao menos cinco atletas em volta da bola. Além disso, em muitas ocasiões se viu os pontas posicionados do mesmo lado - na esquerda, preferencialmente. Ah, e teve lateral arrancando pelo meio e até zagueiro passando por trás do lateral. Ou seja, uma estratégia autoral e idêntica ao que é praticado no Fluminense.

Porém, muito embora o Brasil tenha dominado completamente o campo de jogo, levando os venezuelanos a se posicionarem da Intermediária para trás, faltou achar espaços para criar verdadeiras chances claras de gol. A marcação implacável fez com que somente os chutes de fora da área fossem uma real ameaça. Duas tentativas de Neymar e uma de Casemiro (esta última obrigando o goleiro a boa defesa no chão) foi o máximo que o time conseguiu no primeiro tempo, que terminou com o estreante Yan Couto entrando na vaga do lesionado Danilo.

Sim, o time foi muito previsível e não conseguiu se impor tecnicamente. Menos mal que, logo na arrancada da etapa final, veio o gol do alívio. Em cobrança de escanteio originada após defesa no ângulo de Romo em arremate de Neymar, o camisa 10 cobrou, e Gabriel Magalhães apareceu no alto para cabecear para o fundo da rede. Eram 4 minutos, e o zagueiro fazia seu primeiro tento com a camisa verde-amarela.

A partir daí, claro, surgiram brechas para a Seleção atacar com mais força. Porém, ficou nítida a falta de entrosamento. Neymar e Vinicius Junior, por exemplo, não atuavam juntos desde a eliminação na Copa do Mundo de 2022. Já Rodrygo não estava inspirado, assim como Richarlison. O que aconteceu? A Venezuela, de certa forma, encurralou o Brasil.

E mais: empatou o duelo. Aos 39 minutos, Cáceres se livrou de Gerson e entregou para Savarino. Este cruzou, e Bello fez de bicicleta para deixar tudo igual. Foi um golaço, que serviu para calar a Arena Pantanal e rebaixar o time canarinho para o segundo lugar das Eliminatórias. O próximo jogo é na terça-feira, em Montevidéu, diante do Uruguai.