Seleção Brasileira perde de virada para a Colômbia e passa a acumular marcas negativas com Fernando Diniz
Martinelli fez gol de honra do Brasil, mas equipe não conseguiu sustentar padrão
Por Fabio Utz
Agora são três jogos sem vencer nas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo. E a Seleção Brasileira de Fernando Diniz já passa a acumular marcar negativas nesta arrancada de trabalho.
Nunca havia perdido duas partidas em sequência na disputa continental. Nunca havia sido derrotada pela Colômbia no zonal. Pois estas marcas foram por água abaixo, acompanhadas de uma atuação bastante ruim e sem padrão. Nesta quinta-feira, levou 2 a 1 da Colômbia. Na próxima terça, tentará recuperação no último compromisso do ano. Mas, para isso, precisará vencer a Argentina, de Lionel Messi, no Maracanã.
O jogo
A partida não poderia começar melhor para as pretensões verde-amarelas. Com um jogo intenso, de muita pressão sobre o homem da bola - ou seja, bem ao estilo Diniz -, o Brasil se adonou das ações. E precisou de apenas três minutos para abrir o placar. Em movimentação rápida pela esquerda, Gabriel Martinelli tabelou com Vinicius Junior e tocou rasteiro, no canto esquerdo de Vargas.
Mas...parou por aí, e os donos da casa cresceram de forma contundente para, logo em seguida, dominarem por completo o campo. Luis Díaz, por exemplo, fez o que quis para cima de Emerson Royal. Na primeira investida, encontrou Carrascal, que chutou para grande defesa de Alisson. Na sequência, foi o próprio atacante que arriscou e parou no arqueiro, que é seu companheiro de Liverpool.
Se não bastasse isso, conseguiu puxar contra-ataque em velocidade, ganhando de Renan Lodi e sendo travado por um corte providencial do volante André, que evitou a igualdade. A essa altura, Vinicius Junior já havia deixado o gramado, com uma lesão muscular na coxa esquerda. Em resumo, com o calor de Barranquilla, o time não conseguiu mais corresponder durante o primeiro tempo.
O intervalo fez bem para o Brasil, que conteve o ímpeto do adversário na volta para a etapa final. Com mais domínio do setor de meio-campo, de certa forma empurrou a defesa colombiana para mais perto da área e, assim, criou chances para ampliar. Bruno Guimarães, por exemplo, ameaçou. Porém, tendo Rodrygo como garçom, foi Raphinha quem mais pertou chegou do gol. Primeiro, obrigou Vargas a um verdadeiro milagre. Depois, acertou o pé da trave.
A partir daí, no entanto, vieram novos espaços. Todo sistema de marcação desencaixou mais uma vez. E, daí, Díaz não desperdiçou. Na primeira oportunidade, aos 29 minutos, ele aproveitou cruzamento da esquerda e, de cabeça, livre, estufou a rede. Quatro minutos depois veio a virada. O levantamento foi da direita, de James Rodríguez, e o camisa 7 ganhou em cima de Emerson Royal, para também de cabeça, fazer mais um.
Foi uma catarse geral no estádio Roberto Meléndez, afinal, Luis Díaz, recentemente, passou por um drama pessoal em função do sequestro de seu pai. Aliás, ele estava no estádio e acompanhou o sucesso do filho. De outro lado, a entrada de Endrick passou quase que despercebida. Afinal, não houve tempo para o moleque mostrar serviço.