Sem Tiago Nunes, Ceará precisa ser cirúrgico na busca por um novo técnico
Por Daniel Farias
Tiago Nunes deixou o comando técnico do Ceará nesta semana, após eliminação nos pênaltis para o CRB, nas quartas de final da Copa do Nordeste. Além disso, o clube já havia se despedido de forma precoce no Campeonato Cearense, caindo também nas quartas de final para o Iguatu. A situação não era favorável neste início de temporada e a diretoria achou prudente uma mudança no comando técnico da equipe.
O sentimento de preocupação tem tomado conta dos torcedores nas horas após a saída de Tiago Nunes. A incerteza acerca do substituto do treinador tem deixado muitos torcedores preocupados, temendo que a mudança não tenha acontecido em um momento propício, já que não há muitos nomes disponíveis no mercado. Diversos nomes têm sido especulados para assumir o Vozão, como Dorival Júnior, Vágner Mancini e os portugueses Silas e Ricardo Soares.
O fato é que a decisão da saída de Tiago Nunes já foi tomada e agora é preciso olhar para frente. A preocupação não deve ser mais em pensar se a saída do treinador foi uma escolha boa ou ruim, mas deve ser em relação ao profissional que assumirá a vaga deixada por Tiago. O Ceará tem pela frente três competições importantes (Brasileirão, Copa do Brasil e Sul-Americana) e precisa fazer uma escolha acertada para não colocar todo o planejamento a perder.
Nesse sentido, existem fatores determinantes para definir o novo treinador. Em primeiro lugar, o clube precisa traçar um perfil. Para isso, precisa levar em conta o seu elenco, ou seja, as características dos jogadores do atual grupo. Um treinador de estilo oposto ao de Tiago Nunes poderia ter dificuldades em implementar sua forma de jogar, já que o atual elenco do clube foi formado pensando na filosofia de jogo do ex-treinador.
Outro fator importante diz respeito ao fato do novo treinador ser ou não estrangeiro. Há uma tendência recente no futebol brasileiro de clubes importarem técnicos, sobretudo de naturalidade portuguesa. De fato o Vovô tem dois lusitanos em pauta, mas é preciso cautela. Não se pode apenas "entrar na onda" por si só, ou seja, contratar um português e achar que isso basta para a equipe ter sucesso no restante da temporada.
Nesse momento decisivo para a temporada alvinegra, é preciso equilíbrio por parte da diretoria, reconhecendo seus erros e buscando corrigi-los de maneira cautelosa e planejada.