Sentimentos dúbios se multiplicam em noite de mais uma eliminação do Grêmio para equatorianos em 2021
Por Fabio Utz
Sabe aquela mistura de sentimentos? Pois então. O jogo entre Grêmio e LDU, nesta terça-feira, proporcionou isso. E aqui a gente pode afirmar com certeza: não apenas o torcedor viveu essa montanha-russa de emoções, mas também o próprio técnico Luiz Felipe Scolari, que da beira do gramado da Arena acompanhou a equipe perder por 2 a 1 e ser eliminada nas oitavas de final da Copa Sul-Americana.
Mal a partida começou e o que se viu foi um treinador irritado com o posicionamento do meio-campo tricolor e com os espaços dados para o rival equatoriano atacar. Ao mesmo tempo, vinha na cabeça de todos a ideia de uma defesa intransponível, que afastava tudo, assim como acontecia na lendária década de 1990 - e quando isso não acontecia, tinha um goleiro inspirado para salvar.
Aos poucos, também surgiu outra mística: a de um certo ponta que cruzava para o centroavante se impor por cima e cabecear para o fundo da rede. Foi assim que, em jogada do contestado Alisson, Diego Souza abriu o placar - é bem verdade que contou com uma boa dose de ajuda do goleiro Gabbarini, mas isso também acontecia nos áureos tempos vez que outra. Seria este mais um sinal de que a "mística Felipão" se refez por completo? Nem tanto. Logo apareceu algo com o qual os gremistas não contavam: uma falha pelo alto. Em cruzamento da ponta esquerda, o volante Alcívar apareceu como um raio para, entre Geromel e Vanderson, deixar tudo igual e fazer o time ser vazado pela primeira vez sob o novo comando.
Alguém poderia pensar: "não tem problema, agora sabemos jogar pelo resultado, mesmo sendo ele perigoso". É, não foi bem assim. Ou melhor, não foi nada disso. Logo no início da etapa final, Alcívar, de pênalti, colocou os visitantes com a mão na vaga e fez bater o desespero nos tricolores. Nenhuma chance mais criada e a sensação de impotência tomaram conta da cena de mais uma eliminação de virada para um equatoriano, em casa, no ano de 2021. Sim, o roteiro foi quase que idêntico ao da pré-Libertadores, quando o Grêmio caiu para o Del Valle. A pergunta que se faz é "e agora?". Ninguém sabe o que pensar. Ou melhor, o que sentir.
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