Será o recomeço? Com 'cirurgia' no time, Maicon vira símbolo de vitória e mostra 'caminho' ao Grêmio
Por Fabio Utz
Convicções estão aí para...serem quebradas. Ao menos foi isso que o técnico Luiz Felipe Scolari deixou claro no Grêmio que foi a campo para uma verdadeira decisão diante do Cuiabá, pelo Campeonato Brasileiro, nesta quarta-feira. A vitória por 1 a 0, em jogo atrasado da quinta rodada, não tira o clube da penúltima colocação. No entanto, a distância para o primeiro não rebaixado, que é o próprio rival do Centro-Oeste, já caiu para quatro pontos (13 contra 17).
Há pouco mais de uma semana, o treinador tricolor havia confirmado sua confiança em Bruno Cortez na lateral esquerda e dito que, a princípio, não tinha intenção de usar Rafinha improvisado no setor. Pois esta foi a primeira modificação na escalação azul. Além disso, a volta de Lucas Silva (algo que havia ocorrido no final de semana) não resistiu a 90 minutos, uma vez que Villasanti fez sua estreia já como titular. Isso sem contar, claro, que a paciência com Jean Pyerre entre os onze acabou e, com isso, Maicon retomou posição no meio-campo.
As trocas, obviamente, não ocorreram por acaso. A derrota no último minuto para o São Paulo, no final de semana, não caiu nada bem no ambiente gremista, e o próprio Felipão havia dado indícios da 'cirurgia' na equipe. E é fato que elas surtiram efeito, ao menos enquanto Maicon esteve em campo. O time já foi outro, com imposição e transição rápida. Foi num passe preciso do capitão, por exemplo, que Alisson foi acionado antes de sofrer pênalti - convertido por Borja.
Por conta dessa qualidade, deu pena vê-lo saindo mais uma vez lesionado logo em seguida. Chorando, deixou o gramado sem resistir a um problema na virilha direita. Porém, nos 30 minutos em que 'desfilou', fez toda a diferença. Mostrou o caminho para, quem sabe, uma campanha de recuperação. Na Arena Pantanal, o resultado foi garantido, apesar de uma boa dose de sustos no 'pós-camisa 8' - teve até bola no travessão de Chapecó. Resta saber se os próximos capítulos dessa caminhada terão o mesmo resultado, e se quem ficar no time (Lucas Silva foi o escolhido para substituí-lo de forma emergencial, não foi nada bem e sairia no intervalo, com problemas físicos, dando lugar a Jean Pyerre) terá a mesma condição de repetir o futebol daquele que assina uma vitória que, sim, pode vir a ser simbólica.
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