Soteldo tem características relevantes, mas não é exatamente o estilo de reforço que o Grêmio precisa agora
Por Fabio Utz
O Grêmio teve a oportunidade de contratar Soteldo antes do Santos. Recentemente, o presidente Romildo Bolzan Júnior revelou que o jogador foi oferecido, mas acabou tratado até com certo desdém por conta de sua origem (Venezuela) e biotipo franzino. Além disso, o Tricolor ainda contava com Everton e apostava em Pepê e Ferreira como seus sucessores. Agora, o nome volta à pauta na Arena, com o clube gaúcho tentando encontrar, no mercado, um atacante de peso.
O nome desejado, todos sabem, era Rafael Borré. No entanto, as negociações não foram concretizadas, o que obrigou o clube azul a voltar à estaca zero na busca por um nome que tenha faro de gol. Soteldo possui essa característica? Sim, ele tem boa capacidade de conclusão. É um atleta de qualidade? Sem dúvida alguma. Mas para quem cortejou o colombiano do River Plate, talvez este não seja o reforço dos sonhos.
Soteldo, se contratado, naturalmente não viria para a Arena para ocupar um lugar no banco de reservas. Se Renato Portaluppi quiser manter o esquema tático, teria que deslocar Ferreira para o lado direito - vaga esta que, se tudo der certo, será de Douglas Costa. A pergunta é: vale a pena? Muito embora o garoto formado em Porto Alegre saiba atuar nesta posição, perderia sua principal característica, que é o drible para dentro seguido de um arremate potente e, volta e meia, certeiro.
E mais: o venezuelano já deixou claro seu desejo de, em breve, atuar na Europa. Pagar o que se fala (cerca de US$ 5 milhões por 50% dos direitos econômicos) para perder o jogador em pouco tempo não é um investimento que faz brilhar os olhos. Para movimentar essa grana e, eventualmente, ter que ajeitar peças dentro das quatro linhas, que se busque alguém ao estilo Borré.
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