STJ define data, e Robinho será julgado por crime que cometeu na Itália; saiba mais
- Ex-jogador foi condenado a nove anos de prisão por crime de violência sexual de grupo na Itália
- Justiça Italiana pede que o ex-atacante cumpra pena no Brasil
Por Antonio Mota
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai definir o futuro do ex-atacante Robinho, condenado a nove anos de prisão por violência sexual de grupo na Itália, na segunda metade de março. Conforme o “ge.globo”, o ex-jogador será julgado no próximo dia 20 de março, uma quarta-feira, pelo crime que cometeu na Europa.
No julgamento, o STJ vai poder escolher entre: concordar (ou rejeitar) com o pedido da Justiça Italiana, que deseja que Robinho cumpra a pena no Brasil; ou ainda optar por começar o processo do zero no Brasil. O ex-atacante de 40 anos vai poder apresentar recurso contra qualquer decisão.
As possibilidades foram listadas por Augusto de Arruda Botelho, ex-secretário nacional de Justiça, em entrevista ao Seleção Sportv, que declarou:
"A primeira possibilidade é que esta pena seja cumprida aqui. Faríamos apenas a transferência da execução da pena. O STJ pode decidir dessa forma. Pode decidir também que a transferência do processo seja feita para o Brasil. Haverá a discussão de qual estágio vai transferir para o Brasil. O mais comum é que seja transferido do zero. Assim, ele responderá perante a Justiça Brasileira em um novo processo."
- Augusto de Arruda Botelho
Sobre o caso
Robinho foi condenado na Itália em 2017 por crime que cometeu em 2013, quando ainda jogava pelo Milan. O atacante, seu amigo Falco e outros brasileiros cometeram crime de violência sexual de grupo contra uma mulher na boate Sio Café.
Após recursos e idas e vindas na Justiça Italiana, já em janeiro de 2022, o ex-jogador foi considerado culpado pela Corte de Cassação de Roma, terceira e última instância da Justiça na Itália. A decisão do tribunal encerrou qualquer chance de recurso por parte do ex-futebolista.
É válido mencionar que a Itália já pediu a extradição de Robinho, mas isso não aconteceu, visto que o Brasil não extradita seus cidadãos. Assim, a Justiça Italiana decidiu pedir que o ex-atacante cumpra pena no próprio país, algo que é mais viável.