Sylvinho atesta falta de repertório ao fazer de Gustavo Mosquito sua terceira opção no Corinthians
Por Lucas Humberto
Na ânsia de imprimir seu estilo no Corinthians, Sylvinho segue inventando soluções para substituir o lesionado Willian. Acontece que, em alguns casos, o bom, velho e tradicional "arroz com feijão" resolve bem. Pena que o próprio treinador parece ter esquecido desse conceito. A última invenção teve um duelo de suma importância como palco: Internacional e Timão, no Beira-Rio.
Na ocasião, o treinador atestou estar mais perdido do que nós imaginávamos e escalou Vitinho na ponta. Veja, nossa intenção aqui não é queimar o jovem (e cheio de potencial) meia-atacante criado na base corintiana, mas sim entender a alteração como ela realmente é, ou seja, Sylvinho numa tentativa desesperada de fazer algo diferente.
Não era hora. Mudanças dessa proporção num confronto que poderia mudar o rumo do alvinegro no Campeonato Brasileiro têm uma capacidade enorme de desagradar torcedores. Dito e feito. A performance de Vitinho não agradou e o atleta acabou sendo substituído pela opção mais óbvia de todas: Gustavo Silva.
Carregador de piano em grande parte da temporada, Mosquito reúne todas as características necessárias para ser o substituto imediato do camisa 10: velocidade, drible, cruzamentos precisos, visão de jogo etc. Em suma, ele consegue compensar as irregularidades de Fábio Santos que, na atual fase da carreira, sequer deveria ser absoluto na lateral-esquerda.
A tentativa fracassada de Sylvinho é o retrato do time sob seu comando: ausência de repertório e a troca frequente de um jogador por outro com características semelhantes. Se não há segurança na escolha, não faça. Faltando 10 rodadas para o fim da temporada, ninguém espera ver qualidade num treinador que nunca entregou tal característica. Mas ignorar o óbvio já é demais...