Sylvinho atesta falta de repertório ao fazer de Gustavo Mosquito sua terceira opção no Corinthians

Contestado treinador optou por utilizar Vitinho na ponta contra o Internacional
Contestado treinador optou por utilizar Vitinho na ponta contra o Internacional / Alexandre Schneider/GettyImages
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Na ânsia de imprimir seu estilo no Corinthians, Sylvinho segue inventando soluções para substituir o lesionado Willian. Acontece que, em alguns casos, o bom, velho e tradicional "arroz com feijão" resolve bem. Pena que o próprio treinador parece ter esquecido desse conceito. A última invenção teve um duelo de suma importância como palco: Internacional e Timão, no Beira-Rio.

Na ocasião, o treinador atestou estar mais perdido do que nós imaginávamos e escalou Vitinho na ponta. Veja, nossa intenção aqui não é queimar o jovem (e cheio de potencial) meia-atacante criado na base corintiana, mas sim entender a alteração como ela realmente é, ou seja, Sylvinho numa tentativa desesperada de fazer algo diferente.

Vitinho Edenilson Corinthians Internacional Brasileirão
Vitinho foi escalado na ponta no empate em 2 a 2 diante do Internacional / Miguel Schincariol/GettyImages

Não era hora. Mudanças dessa proporção num confronto que poderia mudar o rumo do alvinegro no Campeonato Brasileiro têm uma capacidade enorme de desagradar torcedores. Dito e feito. A performance de Vitinho não agradou e o atleta acabou sendo substituído pela opção mais óbvia de todas: Gustavo Silva.

Carregador de piano em grande parte da temporada, Mosquito reúne todas as características necessárias para ser o substituto imediato do camisa 10: velocidade, drible, cruzamentos precisos, visão de jogo etc. Em suma, ele consegue compensar as irregularidades de Fábio Santos que, na atual fase da carreira, sequer deveria ser absoluto na lateral-esquerda.

Gustavo Mosquito
Mosquito marcou seis gols e deu três assistências na temporada, mas perdeu espaço com a chegada de reforços / Miguel Schincariol/GettyImages

A tentativa fracassada de Sylvinho é o retrato do time sob seu comando: ausência de repertório e a troca frequente de um jogador por outro com características semelhantes. Se não há segurança na escolha, não faça. Faltando 10 rodadas para o fim da temporada, ninguém espera ver qualidade num treinador que nunca entregou tal característica. Mas ignorar o óbvio já é demais...