Trabalho de Sampaoli decepciona, e só um improvável título faria mudar este conceito
Por Fabio Utz
Um elenco robusto é garantia de título? Claro que não. Um técnico renomado é garantia de título? Também não. Em um país no qual o futebol é marcado pelo equilíbrio entre os clubes, nada é garantido. No entanto, de alguns times e de alguns treinadores se espera o "algo mais".
No atual Campeonato Brasileiro, o Atlético-MG de Jorge Sampaoli, sim, fica devendo, e o trabalho do argentino merece uma análise mais detalhada. Obviamente, ao fazer esta apreciação ainda com a competição em andamento, corro o risco de ver uma virada logo ali adiante e ter que, no dia 25 de fevereiro, comentar sobre o título do Galo. Mas não é a tendência. Por isso, me atrevo a dizer que o treinador, sim, decepcionou.
A expectativa em cima do que ele próprio construiu no Santos, em 2019, o colocava em um patamar acima quando da escolha do seu nome para colocar a equipe mineira nos trilhos. Ele pediu jogadores em abundância e ganhou quase todos. Mas, em nenhum momento, conseguiu dar a tão desejada e necessária estabilidade de jogo.
Em determinado momento, é verdade, o Atlético-MG passou a impressão de que poderia disparar e confirmar sua condição de um dos favoritos ao Brasileirão. Porém, jamais manteve uma linearidade de atuações. Ver o time atuando mal e perdendo partidas "impossíveis" deixou de ser surpresa. E isso incomoda, pois Sampaoli poderia ter buscado alternativas. Tempo para treinos não faltou, e o Galo, mesmo assim, careceu de um padrão que, realmente, garantisse extrema confiança. Não, o trabalho do técnico não pode ser considerado satisfatório até aqui, e só uma improvável volta olímpica faria este conceito mudar de forma radical.
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