Vitória com sabor amargo! Uruguai bate Gana, mas fica fora da Copa do Mundo por um gol
Por Fabio Utz
O Uruguai tem história! Mas ela não resiste a maus resultados. Depois de um empate (com a Coreia do sul) e uma derrota (para Portugal) nas duas primeiras rodadas da Copa do Mundo, a Celeste chegou pressionado ao momento de definição do Grupo H. Se quisesse seguir no Catar e disputar as oitavas de final, necessariamente precisava ganhar de Gana. O que aconteceu? Ganhou. Só que, mesmo assim, veio a eliminação. Isso pelo fato de a Coreia do Sul ter vencido Portugal no apagar das luzes e ficado à frente nos critérios de desempate.
Sim, depois de a Alemanha ficar pelo caminho, a seleção uruguaia deu aos 'secadores' o gostinho de ver mais um campeão mundial sendo eliminado antes do mata-mata. Nesta sexta-feira, a equipe comandada pelo técnico Diego Alonso aplicou 2 a 0 no rival africano, mas ficou a um gol de garantir a segunda colocação da chave.
O jogo, apesar do placar até certo ponto tranquilo, foi recheado de tensão desde o início. Afinal, Gana teve a seu favor um pênalti, assinalado com o auxílio do VAR, para sair em vantagem no marcador. O goleiro Rochet, que derrubou Kudus dentro da área, foi o responsável por manter o sonho uruguaio vivo. Eram 20 minutos quando ele defendeu a cobrança de Ayew.
A partir disso, parece que os hermanos colocaram em prática tudo o que não haviam mostrado até aqui na Copa. O trio Darwin Núñez-Suárez-Arrascaeta passou por cima da defesa rival e teve participação direta nos dois gols azuis. No primeiro, aos 25, Suárez receber de Núñez, limpou a marcação e chutou. No rebote, de Zigi, Arrasca completou de cabeça para o fundo da rede. E não parou por aí. Cinco minutos depois, Suárez, após passe de Núñez, deu bela assistência para novamente Arrascaeta, dessa vez com um arremate forte e com estilo, estudar a rede.
Só que se engana aqueles que acham que, na etapa final, foi só fazer o tempo passar. Em certos momentos, Gana ameaçou e levou muito perigo, embora o controle das ações pertencesse aos sul-americanos. Semenyo, por exemplo, tentou em arremate cruzado que passou muito perto. Na sequência, Rochet voltou a brilhar para, com a ponta dos dedos, espalmar chute de longa distância de Kudus.
Em meio a tudo isso, dois pênaltis reclamados pelo Uruguai e o balde de água fria: a virada sul-coreana no outro jogo do grupo. Com muita pressão e na base da raça charrua, os azuis tentaram, até o fim, a glória - foram, ao menos, mais duas grandes oportunidades que o goleiro Zigi interceptou. Mas ela não veio. Por óbvio, o que se viu foram rostos de tristeza e decepção entre jogadores e torcedores.