Racismo: Ednaldo aguarda posicionamento da Fifa após cobranças sem efeito à Conmebol
- Presidente da CBF tomou decisão de não ir a sorteio da Sul-Americana e Libertadores
- Dirigente está irritado com punição branda no caso envolvendo Luighi, do Palmeiras
Por Fabio Utz

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ednaldo Rodrigues, não se fez presente à sede da Conmebol, na última segunda-feira (17), para o evento que culminou no sorteio dos grupos da Copa Sul-Americana e da Libertadores 2025. Aliás, nem sequer mandou um representante.
Tal atitude tem relação direta com a forma com que a entidade sul-americana tratou o 'caso Luighi', jogador do Palmeiras vítima de racismo em jogo da Libertadores sub-20, contra o Cerro Porteño, no Paraguai. A punição branda (multa, jogos sem torcida e realização de campanhas educativas) ao clube local não caiu bem junto ao dirigente máximo da CBF, que viu suas cobranças por uma posição mais dura não surtirem efeito algum.
Ao fazer um pedido por penas esportivas pesadas, também acionou a Fifa, através de um ofício. Segundo matéria do GE, a visão de Ednaldo é de que o protocolo contra o racismo foi ignorado. Ele, que também é membro do conselho, ainda espera retorno da instituição máxima do futebol mundial.
O que diz o protocolo contra o racismo (3 passos)
- 1) O árbitro deve parar o jogo e pedir um anúncio via telão ou sistema de som exigindo o fim do comportamento racista.
- 2) Em continuando os atos, o árbitro pode suspender a partida temporariamente, com os dois times saindo de campo e havendo uma nova advertência.
- 3) Se o comportamento ainda persistir, o árbitro pode determinar o fim da partida, com derrota do time associado aos atos racistas.