7 times da Série A que estão devendo bom futebol neste início de temporada 2025

Os Campeonatos Estaduais entraram em sua reta final país afora com grandes equipes do futebol brasileiro disputando seus primeiros títulos na temporada antes do início do Brasileirão, além das fases de grupos da Libertadores e Copa Sul-Americana.

Com aproximadamente um mês restando para o início da Série A, o 90min preparou uma análise com as equipes que necessitam de maior atenção para as próximas semanas, devido às apresentações em um nível abaixo do esperado para os primeiros desafios da temporada.

1. Botafogo

Atual campeão da Libertadores e do Brasileirão, o Botafogo enfrenta momento de forte turbulência com a falha do planejamento traçado para o ano de 2025. Com a saída de Artur Jorge e sem nenhum técnico definido próximo do início de março, o alvinegro demonstra sinais de apatia e esquecimento em relação ao estilo de jogo adotado pela antiga comissão técnica.

Nomes importantes deixaram o elenco e os reforços continuam estreando gradualmente, mas a falta de proposta ofensiva e os espaços cedidos nas transições defensivas deixaram o Fogão sem nenhuma competitividade. O clube gerido por John Textor obteve sua pior campanha na história do Campeonato Carioca (no atual formato), com um vexatório 9º lugar.

2. Cruzeiro

Após ter iniciado o ano com Fernando Diniz, o Cruzeiro não conseguiu se recuperar a tempo com Leonardo Jardim e deixou o Campeonato Mineiro nas semifinais pela terceira vez consecutiva diante do América-MG. Com três técnicos – considerando o interino Wesley Carvalho –, faltou padrão de jogo para um dos maiores investimentos do Brasil na temporada.

Além disso, nomes importantes como Gabigol, Dudu e Matheus Pereira não entregaram o desempenho esperado pela SAF de Pedro Lourenço. O empresário inclusive fez duras cobranças por maior comprometimento dos jogadores após um diagnóstico da comissão técnica detectar muitos atletas fora de sua forma física ideal para a disputa do Brasileirão.

3. Sport

O Sport protagonizou um de seus maiores vexames na história com uma surpreendente eliminação para o Operário-MT na primeira fase da Copa do Brasil, sendo esta uma equipe que já havia sido derrotada pelo Santa Cruz em clássico no Campeonato Pernambucano.

Mesmo com investimento considerável em reforços, a equipe possui um estilo de jogo simples e previsível sob comando de Pepa, optando por cruzamentos diversos para a área, além de não conseguir sair em velocidade nas transições. Apesar das sete vitórias em 11 jogos na temporada, o técnico português falhou nos duelos de maior competitividade e criou um ambiente de incertezas para uma equipe recém-promovida à Série A do futebol brasileiro.

4. Palmeiras

Após classificar-se na última rodada da fase de grupos do Paulistão com vitória por 3 a 2 sobre o Mirassol, o Palmeiras necessita de uma grande reflexão neste início de temporada. Sem conseguir fechar as contratações de Andreas Pereira e Claudinho – além de pendências com LaLiga para avançar com Vitor Roque –, a equipe de Abel Ferreira apresenta deficiências no estilo de jogo atual.

A produção ofensiva durante as partidas está limitada a um determinado espaço de tempo, aparecendo principalmente nas individualidades de jogadores tecnicamente especiais e destaques das categorias de base. Na maior parte do tempo, o Alviverde produz abaixo do esperado, apostando em muitas jogadas aéreas, além da baixa efetividade nas chances criadas.

5. Mirassol

Estreante na primeira divisão do futebol brasileiro, o Mirassol chegou às quartas de final do Campeonato Paulista, sendo derrotado nas quatro partidas contra adversários diretos: Red Bull Bragantino, Santos, Palmeiras, São Paulo).

Essa instabilidade apresentada também contra alguns dos times menores custou o emprego de Eduardo Barroca, que amargou uma indigesta sequência de seis jogos sem vencer e permaneceu no cargo por somente dois meses. O técnico culpou o cansaço mental pela queda no rendimento da equipe, mas o excesso de cruzamentos na área foi certamente o principal fator que tornou a equipe previsível para os adversários.

6. Juventude

As polêmicas de arbitragem que envolveram a disputa do primeiro jogo das semifinais do Campeonato Gaúcho acabaram “escondendo” o péssimo nível de atuação do Juventude diante do Grêmio. Muito criticado pela torcida utilizar um estilo de jogo muito “burocrático”, o técnico Fabio Matias tentou surpreender com a utilização de uma escalação mais ofensiva diante do Imortal, mas diminuiu o poder de criação e não surtiu efeitos positivos na criação da equipe.

Os problemas ocorreram graças aos diversos erros de transição e duelos perdidos no meio-campo, recorrente deficiência no trabalho da atual comissão técnica. Antes do jogo de volta pelo Estadual, a equipe deixou a Copa do Brasil com derrota por 1 a 0 pelo Maringá, estando muito longe de demonstrar o mesmo nível de futebol apresentado em relação ao início de 2025.

7. Fluminense

Apesar de ter buscado classificação para as semifinais do Campeonato Carioca em terceiro lugar, o drama do Fluminense para superar o Bangu despertou vaias da torcida mesmo com a vitória por 3 a 2. O lanterna do Estadual do RJ havia marcado somente dois gols em 11 jogos antes de enfrentar a equipe de Mano Menezes, que apresenta desempenho muito abaixo do potencial do elenco.

Além de apresentar pouca intensidade, a equipe não consegue encontrar soluções para furar sistemas defensivos com linhas baixas, trocando passes sem quebrar linhas e não exercendo pressão pós-perda independente do adversário. Depois de escapar do rebaixamento na última rodada do Brasileirão em 2024, o Tricolor ainda não conseguiu recuperar a confiança de seu torcedor, com somente 15 mil presentes no Maracanã em jogo decisivo pelo Estadual.

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